segunda-feira, 26 de julho de 2010

'Tron: Legacy' é filme que dá vida a um mundo de videogame

Em 1982, o estreante diretor de cinema Steven Lisberger levou o convencional público de cinema ao mundo dos jogos eletrônicos (videogames) com Tron, filme de suspense e ficção científica que foi um dos primeiros a utilizar técnicas de animação computadorizada e abriu caminho para os atuais sucessos do cinema 3D.

Agora, a aguardada continuação, Tron: Legacy, que será lançada em dezembro pelos estúdios de cinema Walt Disney Pictures, deve conduzir a tecnologia 3D e o registro digital de interpretações a um novo patamar.

Tron: Legacy leva o filho do produtor de jogos Kevin Flynn a um mundo digital no qual seu pai está aprisionado há 20 anos.

O diretor do filme, Joe Kasinski, utilizou a mesma tecnologia introduzida em O curioso caso de Benjamin Button (2008), sobre um homem cuja aparência se rejuvenesce à medida que sua idade avança, e criou um personagem humano completamente virtual, Clu, interpretado por Jeff Bridges, que também foi o astro do Tron original.

"Um dos grandes saltos tecnológicos que estamos tentando dar com esse filme está no vilão, Clu, interpretado por Jeff Bridges -- mas com a aparência que ele tinha em 1982", disse Kasinski.

"É Jeff que controla a interpretação, mas ele é um personagem digital", explicou Kasinski a milhares de fãs durante o evento Comic Con 2010, maior exposição internacional das indústrias de histórias em quadrinhos (HQ) e de arte popular, que rolou durante o fim de semana.

Bridges disse que uma das coisas que sempre o incomodaram nos filmes era, até agora, ver um ator diferente tivesse ser escalado para interpretar a versão mais jovem de determinado personagem em um filme.

"Agora você pode se interpretar em idades diferentes, quer se trate de uma versão mais nova ou mais velha de você mesmo, digitalmente", disse Bridges.

De muitas formas, os realizadores descobriram que produzir o novo Tron foi facilitado pelo tipo de tecnologia que o filme original mostrava como ficção científica.

"A ironia aqui é que, 28 anos atrás, estávamos tentando descobrir como colocar o personagem de Jeff Bridges no ciberespaço, e eu tive essa ideia maluca de que um laser o escaneia e o leva à rede", disse o cineasta Lisberger, que dirigiu o Tron de 1982.

"Agora que estamos fazendo Tron: Legacy, eles escaneiam Jeff com um laser em tempo real e lá está ele na tela", acrescentou.

Ciberespaço criado para mundo de videogame é cenário do filme
Ciberespaço criado para mundo de videogame é cenário do filme

Reuters

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