domingo, 4 de julho de 2010

Designer de Bulletstorm não valoriza gráficos potentes

Adrian Chmielarz, fundador da produtora de jogos eletrônicos People Can Fly, declarou que não se importa muito em comparar os gráficos de um título com os de outro. Conforme o executivo, designer do jogo Bulletstorm, é mais concentrado em proporcionar uma "boa aventura".

O jogo estreia em fevereiro de 2011.

O título é feito para as plataformas Playstation 3 (PS3), Windows e Xbox 360 (X360). Quem assina é a produtora People Can Fly, da cidade de Warsaw, Polônia.

Em entrevista ao site CVG, o desenvolvedor inclusive dá exemplos de comparações gráficas. "Quando você nota a qualidade visual de Gears of War -- toda aquela quantidade de detalhes --, segundo a minha opinião, facilmente detona Modern Warfare", explica Chmielarz. Em seguida, ele fala positivamente de Modern Warfare, lembrando que o título "roda 60 quadros por segundo e a composição das cenas é realmente boa".

Diz Chmielarz, "desde que o jogo tenha um nível de qualidade mínimo, que é com o que nós (desenvolvedores) precisamos nos preocupar, o restante não importa tanto". O desenvolvedor fica feliz quando as pessoas dizem que um jogo da People Can Fly tem gráficos melhores que os de outra produtora, mas que isso não é o objetivo. "Queremos convidá-lo para uma aventura", defende.

E apesar de Chmielarz não fazer apologia aos gráficos, o recém-anunciado jogo Bulletstorm, produzido pela People Can Fly, teve seu visual elogiado por ninguém menos que Cliff Bleszinski, diretor da série de jogos Gears of War -- constantemente lembrada pela boa qualidade visual. O título apresenta cenários enormes e com um nível profundo de detalhes, ambientação rica em vegetação e construções, tudo interagindo com explosões, incêndios e outros eventos.

Jogo
Bulletstorm é ambientado em um futuro em que a chamada Confederação é protegida pelo grupo merceário de elite Dead Echo. Quando os integrantes Grayson Hunt e Ishi Sato descobrem que estão trabalhando para o lado errado, eles traem seu comandante e deserdam, exilando-se nos confins da galáxia.

Com o passar dos anos em exílio, Hunt se torna basicamente um pirata espacial que, vale dizer, passa bêbado a maioria do tempo. E pelas voltas que a vida dá, um acidente interestelar acaba promovendo o reencontro de Hunt com seu antigo parceiro Sato. Mas ambos estão em apuros, cercados por hordas de mutantes e de canibais em um paraíso abandonado chamado Stygia. Para sobreviver, ambos decidem trabalhar juntos mais uma vez.

O roteiro é assinado por Rick "Rammus" Remender, escritor de história em quadrinhos mais conhecido por assinar a série Justiceiro (Punisher), além de Fear Agent e The End League.

Conforme os produtores, Adrian Chmielarz e Tanya Jessen, Bulletstorm é uma "sinfonia sangrenta". Mas em vez de notas musicais, a sequência e a ferocidade dos ataques é que ditam o ritmo da aventura.

Durante a partida, não se valoriza tanto o "matar por matar", mas o estilo. Não basta atirar somente, mas emendar tiros em sequência, dar pontapés e arremessar os inimigos em armadilhas, sejam geradores de eletricidade ou plantas carnívoras. Matar grupos de inimigos, arremessá-los de precipícios ou até mesmo metralhar suas "bundas" é valorizado em meio do tiroteio. Quanto pior, melhor. Quanto mais sádico, mais pontos o jogador conquista para evoluir seu personagem e se tornar pior, quer dizer, "melhor".

Bulletstorm (produção: People Can Fly | publicação: Electronic Arts, Epic Games), PC, PS3, X360.
Estreia:
América, fevereiro de 2011
Ásia, fevereiro de 2011
Europa, fevereiro de 2011
Oceania, fevereiro de 2011

Bulletstorm  tem um dos melhores gráficos já vistos em jogos de guerra, apesar de, ironicamente, seu designer dizer que o visual não é tão importante ...
Bulletstorm tem um dos melhores gráficos já vistos em jogos de guerra, apesar de, ironicamente, seu designer dizer que o visual não é tão importante quanto a experiência da aventura

Especial para Terra

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