quarta-feira, 28 de abril de 2010

Exposição de Arte Cibernética invade metrôs em São Paulo

Entre os meses de abril e maio, o Itaú Cultural apresenta ao público seis obras de seu acervo de arte e tecnologia -- um dos pioneiros do Brasil e em processo de expansão. Trabalhos de artistas representativos da área, como Edmond Couchot, Daniela Kutschat, Regina Silveira e Rejane Cantoni, entre outros, fazem parte da mostra.

A exposição Arte Cibernética: Acervo Itaú Cultural nasceu de uma parceria do instituto com a Companhia do Metropolitano de São Paulo

Desde sua fundação, em 1987, o Itaú Cultural atua no desenvolvimento da relação entre tecnologia, cultura e arte, e realiza ações como o programa Rumos Arte Cibernética e a bienal internacional de arte e tecnologia de São Paulo -- Emoção Art.ficial --, além de investir em informação e conteúdo acessível ao público por meio da Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Tecnologia.

Agenda

Arte Cibernética: Acervo Itaú Cultural
Até dia 30 de maio de 2010
Todos os dias, das 9 às 21 horas
Estações do metrô: Brás, Itaquera, Paraíso, República, Sé e Tiradentes

As obras ficarão expostas em seis estações de metrô da cidade de São Paulo (SP), Brasil.

A saber, algumas das obras são "jogáveis" e permitem interatividade com os espectadores.

Descendo a Escada, estação Brás
Regina Silveira, 2002
Esta é uma versão interativa da obra Escada Inexplicável 2 (1999), elaborada em colaboração com o Itaulab -- laboratório de mídias interativas do Itaú Cultural. Na instalação, o observador experimenta a vertigem do movimento na descida de uma escada virtual. Trata-se de uma projeção interativa, estruturada sobre o triedro espacial formado pelo chão e pelo ângulo de duas telas verticais, que gera um continuum virtual dinâmico.

OP_ERA: Sonic Dimension, estação República
Daniela Kutschat e Rejane Cantoni, 2005
É uma instalação desenhada como um instrumento musical virtual. Tem a forma de um cubo preto, aberto, preenchido por centenas de linhas luminosas que podem ser tocadas pelo observador. Afinadas com a tensão adequada, essas cordas vibram com uma frequência (de luz e de som) que varia de acordo com sua posição relativa e o modo de interação do observador.

Reflexão #3, estação Tiradentes
Raquel Kogan, 2005
Nesta instalação, é projetada uma imagem com várias sequências numéricas sobre uma parede dentro de uma sala escura. A imagem, por sua vez, é refletida em um espelho d'água no chão. A obra é interativa, já que os visitantes podem acionar um teclado que regula a rapidez dos movimentos da projeção. Cria-se, assim, um movimento contínuo, mas nunca repetido, como se os números subissem de um espelho a outro, sucessivamente.

Text Rain, estação Itaquera
Camille Utterback e Romy Achituv, 1999
Com sua presença e movimentos corporais, os visitantes podem interferir na animação de uma chuva de letras coloridas, projetadas em Text Rain. Se um participante acumular letras o bastante ao longo de seus braços estendidos, ou ao longo da silhueta de qualquer outro objeto, pode formar uma palavra inteira, ou mesmo uma frase. As letras em queda não são aleatórias, mas dão forma aos versos de um poema sobre o corpo e a linguagem.

Les Pissenlits, estação Paraíso
Edmond Couchot e Michel Bret, 2006
Descendente direto de um trabalho pioneiro de 1990, Les Pissenlits é um jardim cheio de dentes-de-leão. Num microfone, o visitante sopra, e a força e a duração de seu sopro determinam o movimento das sementes, que realizam trajetórias complexas e diferentes.

Ultra-Nature, estação Sé
Miguel Chevalier, 2008
Ultra-Nature é, também, um jardim virtual cuja flora é composta de seis variedades de plantas digitais coloridas. Cada uma delas evolui de acordo com suas características genéticas e pela interação com o público que, por meio de sensores, provoca a polinização entre elas, influenciando o crescimento de novas e inesperadas florações.

Mais informações
www.itaucultural.org.br

Estações paulistanas de metrô receberão exposição sobre arte  cibernética
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Especial para Terra

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