O ministério criticou a Administração Geral de Imprensa e Publicações (AGIP), que havia instruído a empresa chinesa provedora de jogos online NetEase a não operar a mais recente versão do jogo World of Warcraft, informou nesta quarta-feira o diário econômico chinês Economic Information Daily,que é publicado em língua inglesa.
A NetEase anunciou que estava estudando a exigência.
A rara disputa pública de território entre as duas agências expôs a complicada situação regulatória que as empresas de Internet precisam enfrentar na China.
"Isso serve para destacar o risco geral de investimento na China, tendo em vista que a Internet é um setor novo e a China mesma uma economia emergente," disse Dick Wei, analista do JPMorgan em Hong Kong, China.
A liderança do Partido Comunista chinês exigiu controle mais estreito sobre a Internet e os jogos online, preocupada com imagens e jogos que vê como pornográficos, insalubres ou subversivos.
As agências do governo, por sua vez, vêm demonstrando entusiasmo pela aplicação dessas ordens, e competem para estabelecer seu controle sobre um setor potencialmente lucrativo e prestigioso, e receber as taxas que são pagas pela regulamentação.
"O Ministério da Cultura acredita que a notificação da AGIP não se enquadra à regulamentação relevante e representa claro abuso de sua autoridade," disse Li Xiong, funcionário do ministério que se encarrega de questões de mercado, de acordo com o Economic Information Daily.
"Desde que estejam online, esses jogos e publicações estão plenamente sujeitos à administração do Ministério da Cultura," ele afirmou, de acordo com o jornal China Daily.
Li disse que o departamento de propaganda do Partido Comunista, que controla a vida cultural, atribuiu em março o controle dos jogos online ao Ministério da Cultura, de acordo com o diário chinês International Finance News.
Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário