sábado, 28 de novembro de 2009

PS3 tem tecnologia alienígena, diz diretor de 'Brink'

Paul Wedgwood, diretor do videogame Brink, desenvolvido pelo estúdio Splash Damage, da cidade de Londres, Inglaterra, disse que o trabalho de programação e adaptação do jogo (feito originalmente para PC) para os consoles é bastante complicado, e que a tecnologia do sistema de videogame PlayStation 3 (PS3), da Sony, é "alienígena".

"Poderia dizer que o maior desafio é fazer a transição de um estúdio puramente voltado para jogos de PC para um (que produza títulos) multiplataforma", disse Wedgwood, em entrevista ao site Eurogamer. "Para mim, como diretor do projeto, há algumas coisas que parecem ser alienígenas, como a tecnologia do PlayStation 3. Foi realmente difícil entrar na minha cabeça", concluiu.

O diretor Wedgwood disse que o sistema de trabalho, o dia-a-dia de uma empresa, também é algo que lhe é estranho. O estúdio Splash Damage nasceu como um desenvolvedor independente de "mods" (como se chamam as versões modificadas) de jogos de tiro, como Doom e Quake.

No início do estúdio, o diretor disse que fez de sua casa o escritório, ou vice-versa.

"Por sorte não é meu trabalho entender nada sobre esses sistemas trabalhistas. Nós simplesmente contratamos pessoas realmente talentosas para trabalhar aqui", disse Wedgwood. "Temos o Dean Calver, que foi programador-líder no videogame Heavenly Sword e faz o mesmo em Brink", contou.

A trilogia
Em entrevista ao canal EGTV, o diretor de criação do estúdio, Richard "Rahdo" Ham, informou que a companhia pretende fazer de Brink uma série gamística de ação, não apenas um jogo. Segundo Ham, os investidores estão colocando muito dinheiro na produção e a idéia e ter pelo menos um segundo e um terceiro episódio já projetados.

"Os rascunhos e as idéias para a trilogia toda já estão adiantados", disse Ham. "Todos querem isso .... Estou ansioso para fazer Brink 2 e 3 também", finaliza.

Online e offline
Brink é um jogo de ação que possui uma proposta inédita: ao começar a partida, primeiramente você está vivenciando uma campanha solo, jogando sozinho... Depois, à medida que avança a história, você pode receber apoio de outras pessoas, de outros jogadores que estão conectadas à internet. E assim acontece a partida, intercalando momentos em que você está sozinho com outros em que você está acompanhado por até sete outros parceiros.

Ou seja, a campanha principal pode ser realizada solitária ou cooperativamente. Ham disse que há modos totalmente multijogador, como o deathmatch.

Alguns jogos já tiveram essa idéia, de ter modos cooperativos ou afins. Brink, entretanto, promete não fazer da interação online um quebra-galho. "Nossa experiência online será relevante", diz Ham. "Do modo como o roteiro se desenrola, ao jeito como a partida é jogada, tudo é muito bem pensado. Haverá interação! Queremos e estamos conseguindo (nas fases-teste) criar um enredo que sirva e funcione muito bem seja ele jogado solitariamente ou cooperativamente".

Explicando um pouco como funcionará o vai-e-vem entre estar online ou offline, Ham fala que "o jogador pode ser como eu, que prefere seguir sozinho, curtindo, aproveitando a aventura em seu próprio ritmo. Então vamos falar com essa pessoa, dizer que vamos acompanhá-la e, quando esse jogador tiver experiência suficiente, voltamos e propomos sua entrada no ambiente online, em que se ganha o dobro em termos de experiência e méritos. O ambiente online não é difícil ou complicado, somente é mais interativo".

Brink (produção: Splash Damage / distribuição: Bethesda Softworks), PC, PS3, X360.
Estréia:
América, 2º trimestre de 2010
Ásia, 2º trimestre de 2010
Europa, 2º trimestre de 2010
Oceania, 2º trimestre de 2010

Jogo promete oferecer interatividade inédita e multijogador durante campanha principal
Jogo promete oferecer interatividade inédita e multijogador durante campanha principal

Especial para Terra

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