O sucesso de um jogo de simulação da vida real se dá, principalmente, por conta da sua "falta de missões". O jogador tem total liberdade para escolher como e o que fazer. Tal característica torna o jogo infinito - e por isso, ele é considerado cansativo por algumas pessoas.
Desde 2000, quando Will Wright lançou a primeira versão de The Sims (influenciado pelo jogo SimCity, de 1989), diversos outros jogos foram lançados com objetivos ou mecânicas parecidas. Seguindo a linha de simuladores, The Sims resultou em SimEarth, SimAnt, SimLife, SimFarm, SimRefinery, SimTower, SimHealth, SimIsle, SimTown, SimPark, SimGolf, SimTunes, SimSafari, SimCopter, Streets of SimCity, SimsVille, Sid Meier's SimGolf, SimMars, SimAnimals, entre vários outros.
Mas um dos principais legados da série é a liberdade de escolha. Enquanto gerações de garotos e garotas disputavam quem ganhava mais pontos ou conseguia chegar até a fase final de alguns jogos, The Sims trazia diversão sem nenhum tipo de preocupação.
E essa "liberdade" continua em alta em jogos das novas safras, como em Spore, um simulador de criaturas criado pela própria Electronic Arts, produtora de The Sims. O jogador cria um organismo que vai crescendo e adquirindo características até conseguir colonizar uma região.
Mesmo em jogos com missões e objetivos, há a preocupação de fazer com que o jogador tenha a escolha de traçar seu perfil. Exemplos não faltam, como Fable II, Fallout 3, nos quais você pode escolher entre ser bom ou mau, com decisões que influenciam o desenrolar da narrativa, e até games como The Godfather ou Grand Thief Auto, nos quais embora o personagem tenha missões ele pode explorar a cidade da forma como quiser.
Mas talvez a plataforma que mais leve o conceito de simulação da vida real a sério é o Second Life. Misto de jogo e comunidade virtual, o Second Life foi lançado em 2003 e apresenta total liberdade para o usuário criar uma vida virtual do jeito que desejar.
O fato de faltarem objetivos claros em The Sims pode ser um pouco frustrante para quem gosta de desafios, mas sem dúvida o jogo serviu como porta de entrada para o mundo dos games para gente que nunca havia tido paciência de passar horas na frente de um PC ou um console.
Em The Sims, o jogador tem liberdade para criar o tipo de vida que quer levar
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