segunda-feira, 18 de agosto de 2008

EA não vai renovar oferta pela Take-Two

A produtora de videogames Electronic Arts anunciou que vai permitir que sua oferta de 2 bilhões de dólares pela aquisição da Take-Two Interactive Software, uma rival de menor porte, expire, na segunda-feira, alegando que não acredita que seja possível concluir um negócio antes da temporada de compras natalinas.

A notícia levou as ações da Take-Two a uma queda de 5 por cento, ainda que a EA tenha afirmado que as empresas continuam conversando sobre um possível acordo, depois de reuniões entre o presidente-executivo da EA, John Riccitiello, e o presidente do conselho da Take-Two, Strauss Zelnick, no final de semana.

Sem chance de adicionar o "Grand Theft Auto", grande sucesso da linha de videogames da Take-Two, ao seu catálogo antes do final do terceiro trimestre, a EA anunciou que reconsideraria sua oferta de 25,74 dólares por ação.

"O valor de 25,74 dólares estava vinculado à distribuição dos produtos deles durante a temporada de festas", disse Jeff Brown, porta-voz da EA. "Para o futuro, validar um preço como esses 25,74 dólares se provará mais difícil."

A EA, que distribui títulos de sucesso como "Madden" e "Need for Speed", começou a tentar um acordo de aquisição da Take-Two em negociações fechadas, em dezembro. Em fevereiro, anunciou uma oferta não solicitada de 26 dólares por ação, reduzida a 25,74 dólares em abril porque a Take-Two emitiu ações adicionais.

A Take-Two rejeitou a proposta como insuficiente, mas se declarou aberta a ofertas da EA ou de qualquer outra empresa.

Os executivos da Take-Two farão uma apresentação à EA sobre seus planos de lançamentos para os próximos três anos e sobre as projeções financeiras da empresa, informou Zelnick em carta a Riccitiello, no domingo.

"A apresentação incluirá também informações sobre fatores subjacentes que propelem nosso forte desempenho financeiro e operacional. Acredito que nossa apresentação permitirá que vocês compreendam melhor o valor de nossa companhia para a EA", afirmou Zelnick na carta.


Reuters

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