quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

As pessoas não queriam jogos Electronic Arts, diz analista

Em entrevista ao site Yahoo, Michael Pachter, analista de mercado de videogames, da consultoria Wedbush Morgan, disse que durante o todo o ano de 2009 a Electronic Arts (EA) "não tinha os jogos que as pessoas queriam" e poderia aprender com a situação, tornando-se "uma empresa menos introspectiva e ficar atenta mais ao ambiente".

Pachter foi chamado para comentar a performance de mercado da companhia EA (segundo maior grupo independente da indústria de videogames), que anunciou revisão do faturamento anual (para 2009) com até US$ 300 milhões abaixo do esperado anteriormente.

Conforme Pachter, "o principal negócio da companhia não foi bem e simplesmente eles não souberam explicar o porquê".

Em novembro do ano passado, a EA anunciou cortes de 1,5 mil colaboradores, 17% de sua força de trabalho, e ainda adquiriu (por US$ 250 milhões) o estúdio Playfish, especializado em jogos casuais, para um público amplo, que inclui a família inteira, crianças, idosos e pessoas que jogam pouco.

Nos últimos anos a EA vem passando por uma série de mudanças, incluindo desde reengenharias de pessoal e de processos, e até mesmo aquisições, fechamentos (Pandemic Studios) e fusões de estúdios. A empresa diversificou sua linha de jogos para Wii, apostando em títulos totalmente inéditos, como o EA Sports Active (que somente nos primeiros três meses vendeu cerca de 2 milhões de cópias).

John Riccitiello, presidente da EA, disse que a companhia lançará 20% menos jogos em 2010. O selo EA lançará 40 títulos contra 50 visto em 2009. Em 2008, antes da recessão financeira mundial, foram lançados 60 jogos.

"Lançar por volta de 30 (jogos) não me chocaria em algum ponto futuro", disse. "Qualidade é um crescente foco da EA", completou o executivo.

Durante o evento Reuters Global Media Summit, em novembro de 2009, Riccitiello disse que o comércio online deve crescer e representar 40% do total de vendas em 2010. "Somos a líder mundial em vendas de jogos (em disco)", afirma. Ele aponta a necessidade de mudar o modelo de negócio, focando o e-commerce. "Não estou dizendo que o negócio (em disco) está desmoronando, (mas) há outras coisas que estão crescendo".

Analista diz que companhia Electronic Arts deveria ficar mais atenta aos anseios dos consumidores e ao ambiente mercadológico
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Especial para Terra

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