Jogo que se passa na prisão de Guantânamo é cancelado

A desenvolvedora de games T-Enterprise revelou na última semana que seu game Rendition: Guantanamo não será mais lançado. O game teria como cenário o conhecido presídio. Mas, em vez de controlado por forças americanas, mercenários colocavam seus prisioneiros como vítimas de experimentos científicos, de acordo com o blog Kotaku. Mas o maior problema com os conservadores foi a contratação de um ex-detento como consultor.

Para aumentar o realismo e auxiliar na criação dos cenários, o inglês Moazzam Begg, que passou três anos de sua vida no presídio da baía ao sul da ilha de Cuba sob suspeita de terrorismo, colaborava descrevendo o local.

Desde a última quarta-feira o site oficial do game, em renditionthegame.com, foi substituído por uma mensagem da T-Enterprise.

Na mensagem, a empresa esclarece que a cobertura errada da mídia e as injustas críticas recebidas pelo game, que chegou a ser descrito como propaganda e ferramenta de recrutamento para o terrorismo, levou à decisão do cancelamento.

A empresa esclareceu que, ao contrário do que muitos assumiram, o personagem principal não era Moazzam Begg, que se chamava Adam e estava preso por engano. Também acrescentou que nenhuma força militar americana apareceria ou seria vítima de ataques no game, uma vez que o presídio era dominado por mercenários, e aproveitou para desmentir qualquer ligação com o grupo terrorista Al-Qaeda.

O game de ação voltado para o público adulto seria lançado para Xbox 360 em janeiro de 2010.

Moazzam Begg, que foi prisioneiro em Guantanamo, prestou consultoria para o jogo

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