sábado, 7 de junho de 2008

Pesquisa: francesas preferem videogames a sexo

Foi-se o tempo em que videogame era sinônimo de um bando de meninos diante de uma televisão. Na França, uma pesquisa divulgada em maio mostra que chegou o tempo de as mulheres ocuparem o mercado e que na hora de espantar o estresse, elas optam pelos jogos eletrônicos antes mesmo do que o sexo.

Os jogos preferidos são os de reflexão e treinamento cerebral e os de realidade virtual, como o Sims, praticados em rede, via internet. Conforme a pesquisa, os videogames passaram na frente até do sexo na escolha dos hobbies femininos para aliviar o estresse.

Jogar na internet é a opção de 11% delas, à frente das saídas noturnas (8%), das compras no shopping (6%), do sexo (6%) e da televisão (5%). A atração eletrônica só perde diante das leituras (13%), da navegação na internet (13%) e das conversas com as amigas (18%).

O estudo mostrou que não apenas 75% das francesas jogam algum tipo de videogame, mas que elas recorrem aos consoles para se divertir por mais tempo do que os homens − isso porque seriam mais persistentes para alcançar o objetivo do jogo.

A pesquisa realizada pela consultoria britânica RedShift Research a pedido do site de games online Zylom, concluiu que metade das apreciadoras de jogos eletrônicos passa ao menos uma hora por semana diante da telinha, e um quarto delas alarga esse tempo para até três horas.

"As mulheres não são reticentes aos videogames, como por tanto tempo acreditamos", diz Brendan Mc Nulty, diretor de marketing da Zylon. "A internet não é mais um espaço dominado pelos homens e as mulheres se voltaram aos jogos online para encontrar momentos diferentes de relaxamento apenas para elas." Para 38% das francesas entrevistadas, os jogos de treinamento cerebral − normalmente praticados num Nintendo DS ou o Playstation portátil − são "intelectualmente estimulantes" e úteis para melhorar a memória e o raciocínio. Os jogos de ação, como os esportivos do Wii também têm lugar garantido entre os preferidos das mulheres.

Apesar dos números, as mulheres ainda são menos importantes para os fabricantes: representam 45% do mercado de jogos eletrônicos. No entanto, desde o lançamento do Sims e depois do tremendo sucesso que o game de realidade virtual encontrou no público feminino − representam 60% dos usuários −, cada vez mais a indústria de jogos tem aberto os olhos aos desejos eletrônicos das mulheres.

A parisiense Cholé Delaumme, 35 anos, é tão viciada no Sims que escreveu um livro − Corpus Simsi − no qual tenta explicar qual o fascínio que os personagens fictícios, manipulados pelos humanos por trás do teclado, exercem sobre as mulheres. Segundo ela, para as francesas o jogo seria uma espécie de retorno adulto às brincadeiras de bonecas.

"O Sims permite às mulheres de re-brincar de Barbie, mas de uma forma melhorada e mais adultaa. Às vezes eu viro madrugadas inteiras criando e decorando casas no meu jogo", declara Delaumme, que passa de duas a quatro horas por dia diante do computador e confessa não gostar muito de sair à noite.

"Eu me interesso muito à ficção e o Sims me permite de refletir sobre isso. O jogo vira uma verdadeira página em branco onde a gente pode fazer o que quisermos. Sinto uma incrível sensação de dominação: tenho o controle do tempo e poder da vida de da morte sobre a minha criatura."

Redação Terra

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