terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jogo transforma escola do Professor Xavier em um bordel

Um RPG para computadores, feito por leitores dos quadrinhos Marvel, muda um pouco a estória da saga dos X-Men. Desta vez, o Professor Xavier muda sua estratégia para tentar trazer paz entre humanos e os mutantes, e faz da sua escola, inicialmente criada para desenvolver habilidades especiais, em uma casa de entretenimento masculino.

Segundo o site ComicsAlliance, o jogo infelizmente não está mais disponível para download. Muito provavelmente isto aconteceu por pressão da criadora oficial dos personagens.

Acontece que alguns fãs dos quadrinhos, com conhecimentos em desenvolvimento de jogos, utilizaram a ferramenta RPG Maker 2003 para criar o Marvel Brothel.

Trata-se de um jogo bizarro, cujo gameplay traz um Professor X ainda muito preocupado com todos os conflitos entre a raça humana e os mutantes.

Num rompante de incompreensível sabedoria, ele percebe que a melhor forma de aceitação dos seres modificados geneticamente seria colocar as heroínas do Universo Marvel para trabalhar como prostitutas. Lenocínio, proxenetismo, rufianismo, tenha o nome que tiver, não muda a motivação da sincera e benevolente medida.

Esta reviravolta surpreendente, que não deve trazer retorno monetário aos mutantes, conta com uma frase de Professor X que justifica o novo empreendimento: "Se queremos trazer o amor entre humanos e mutantes, o amor deve ser nossa ferramenta de trabalho" - disse o professor poeta.

Sem nenhum medo, é possível afirmar que não se trata de um título sem falhas. É verdade que os personagens e os cenários são bem feitos, detalhados em 16-bits que lembram bastante Final Fantasy.

Mas, para um jogo que teoricamente tem um contexto erótico, não existem muitas cenas picantes. Seus criadores deram ênfase aos critérios de RPG mesmo, como ganho de pontos e moeda de troca, evolução do personagem e a possibilidade de habilitar novas "profissionais do sexo". Não é difícil conseguir uma noite de diversidade mutante, apenas não é tão divertido quanto poderia ser.

O que ele prevê, no entanto, é uma loucura completa e absoluta, cheia de sarcasmo e humor.

Para começar, um tiro certo: O principal conselheiro de Professor Xavier na tarefa de transformar as "belas estudantes" em prostitutas, não é ninguém menos que Gambit, o French-Lover da saga.

O personagem Forge, conhecido como o inventor de novas armas e tecnologias no enredo convencional, surge como o responsável por equipar o bordel e seus clientes. O jogador pode trocar o dinheiro coletado durante as outras ações - que não ficam bem claras, mas devem existir - para comprar itens como "pernas cibernéticas", "iluminação sexy" e brinquedos sexuais.

Na casa da luz vermelha do Professor X, várias mocinhas se encontram no cardápio. Dentre elas, destacam-se a Tempestade, a Vespa, Elektra, She-Hulk e Viúva Negra.

Curiosamente, a X-23 e Stacy X, conhecidas por seu comportamento, digamos, sexualmente diversificado, não estão entre as belas opções.

Em um dos momentos engraçados do jogo, inclusive, Vampira tem uma conversa séria com o intelectual careca (e não estamos falando do Marcelo Tas), lembrando-o que ela, por seus poderes de absorção de energia, não poderia trabalhar nesta sincera missão em busca da paz.

"Eu não posso ter relações sexuais. Você sabe disso, né?" - questiona sutilmente a heroína.

Tenho certeza que Hulk, Homem-Aranha, Wolverine ou Mister Sinister estão bastante frustrados por causa disso.

Resumindo, é um RPG engraçado, mas repetitivo. Sendo um jogo em que o objetivo principal envolve um foco tão interessante, podemos dizer que esta característica não é de todo mal.

Para um jogo que teoricamente tem um contexto erótico, não existem muitas cenas picantes
Para um jogo que teoricamente tem um contexto erótico, não existem muitas cenas picantes

Geek

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